O tão controverso orçamento de estado para 2022 (OE 2022) iniciou com um toque peculiar, do Sr. Ministro das Finanças João Leão enunciando, “erradicar a pobreza tem de ser a maior ambição”.

O que entende o Sr. Dr. João Leão por pobreza? Será que tem a percepção das consequências negativas inerentes da carga fiscal? Carga fiscal essa afeta aos orçamentos do governo socialista e apoiada pelos seus antigos parceiros!

Pois bem, acho que muitos de nós concordamos que a pobreza é definida de uma forma simples, como o poder de compra de bens que nos permitam transcender a uma vida com qualidade, que nos permitam estabelecer um padrão acima do sobreviver, estabelecer novas ambições e sonhos.

Mas muitos podem questionar-se, como é definida a pobreza em Portugal. Acontece que em Portugal a pobreza tem um valor um pouco melancólico, quantificado por uns míseros € 540,00 mensais (€ 6.480,00 anuais) – muito aquém do real valor de pobreza.

Mais, o INE indica que estão em risco de pobreza mais de 2 milhões de portugueses, ou seja, em termos de valor quantificado vivem com menos de € 540,00 mensais. Mas como referi a realidade é bem mais dura, porque sobreviver não traz felicidade a ninguém e muitos portugueses e emigrantes, que estão um pouco acima deste limiar, com uma carga fiscal que os sufoca, e os torna prisioneiros de uma vida de pobreza infindável.

A vida é dura, mas compensa, se pelo esforço praticado resultar a justa recompensa. Porém, e de momento, não passa de um sonho….O Estado tem um enorme vício de querer uma enorme fatia, dos resultados do trabalho, das pessoas singulares e coletivas. É um estado paternalista, que se acha no direito de decidir o que há de melhor para cada individuo, retirando a autonomia e liberdade a que temos direito.

Sucede que a solução não pressupõe uma revolução fiscal. Pode muito bem começar por adequar a fiscalidade aos resultados que se quer obter. Porque, como vimos ao longos desses duros anos, é impossível pensar apenas nos impostos para suportar o aumento da despesa. Temos de usar a fiscalidade como meio para atingir um fim, crescimento, equidade social e riqueza para o país e não só para a esquerda.

Mas também não fará sentido se o “atual” Governo mantiver a sua inútil política gastadora – abafada pela boa propaganda a que estamos habituados. Podemos referir inúmeros momentos para exemplo, porém, para bom entendedor meia palavra basta, e o atual executivo acarreta um custo global de cerca de 73,2 milhões de euros por ano, um governo composto pelo MAIOR executivo da história. Este facto demonstra como o “atual” governo não dispensa manter os compadrios e afins bem perto, não dispensa gastar à Lagardère o dinheiro público vindo do suor e das lágrima da nossa população.

É tempo de mudar, é tempo de evoluir, e assim o digo, que a geringonça e o OE2022 descansem em paz, e que um novo ciclo de esperança e felicidade caia sobre todos nós.