Celebramos a existência da Europa e a nossa pertença à história da União Europeia (UE) que tem raízes nos princípios dos anos 50 quando seis países da Europa central criaram a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. União esta que este ano é marcada pela pandemia mundial do COVID-19 e, por isso, enfrenta desafios acrescidos.

Esta data comemora-se desde 1950, o que significa que os passos dados por Robert Schuman têm já setenta anos de história.

Em 1951, ano em que se iniciou a cooperação económica na Europa, apenas a Bélgica, a Alemanha, a França, o Luxemburgo e os Países Baixos participavam neste projeto.

O tratado que rege a comunidade foi assinado em Paris em 1951 e entrou em vigor no ano seguinte.

Atualmente, a UE é constituída por 27 países. O Reino Unido saiu da União Europeia em 31 de janeiro de 2020.

Os desafios da União Europeia não ficam por aqui – pela saída do Reino Unido e pela pandemia – mas  estão também relacionados com “novas tendências”.

Tem vindo a verificar-se uma certa tendência populista e de extrema-direita cujo seu aparecimento remonta ao ano de 2018, tendo 2019 sido um ano marcado por múltiplas eleições. Acontecimentos relacionados principalmente com os membros França, Dinamarca, Roménia, Espanha e o já falado Reino Unido.

Certo é que, como disse o Presidente do Parlamento David Sassoli num discurso no Conselho Europeu, a 17 de outubro de 2019: “Precisamos de uma Europa onde as pessoas sintam que as suas vozes são ouvidas.”, e nas últimas eleições, em maio de 2019, verificou-se um aumento significativo da taxa de participação dos eleitores, que aumentou para uma média da UE superior a 50% – destaque para a comunidade Together.EU, plataforma com o objetivo de promover debates sobre o futuro democrático da Europa.

Portugal que aderiu à UE a 1 de Janeiro de 1986, está representado por 21 eurodeputados, com atuação em sete instituições europeias – Parlamento Europeu, Conselho Europeu, Conselho, Eurogrupo, Comissão Europeia, Tribunal de Justiça da União Europeia, Banco Central Europeu e Tribunal de Contas Europeu.

No que respeita à nossa posição atual na UE, muito há que dizer sobre as questões económicas da conjuntura atual, tão exigentes que são posicionadas logo após à 2ª Guerra Mundial. Sendo, por isso, altura de reprogramar os fundos europeus, e de tentar perceber como pode salvaguardar-se o empreendedorismo.

Nesta altura, em que a pandemia é uma guerra em pleno século XXI para a Europa, é também de relembrar o Instituto Europeu de Inovação criado ainda pelo Comissário Carlos Moedas que pode dar um “boost” na busca para soluções para a nossa sociedade e economia, e ainda o Horizonte 2020, o maior programa de investigação e inovação da União Europeia de sempre, que deverá conduzir a mais descobertas, avanços e lançamentos mundiais transferindo ideias inovadoras dos laboratórios para o mercado.

Festeje-se a Europa, com as responsabilidades que isso naturalmente acarreta.